
É difícil fazer uma sequência dar certo, mais difícil ainda fazer um remake dar certo. E para a exceção da regra, temos Jake Kasdan. O diretor de cinema norte-americano já havia provado sua boa mão para filmes em 2017, e agora nos relembra disso. Jumanji: Bem-vindo à Selva estreou nos cinemas em 2017 e foi uma grata surpresa, conquistou a crítica e o público. O filme realmente era bom, bem divertido. Com o sucesso veio a possibilidade de fazer mais dinheiro e também a chance de fazer bobagem com uma sequência desnecessária. Bom, 2020 chegou e com ele vem a estreia de Jumanji: Próxima Fase e acreditem: o parecer desta nova aventura é positivo.
O roteiro talvez seja a parte mais fraca desse novo longa. Não há razões aparentes para essa nova aventura ocorra e o motivo para que isso aconteça soa mais como uma desculpa esfarrapada do que como um bom argumento. A trama também perde a chance de aprofundar os seus personagens emocionalmente e ignora esse aspecto em diversas situações. A nova trama se apoia em tudo que deu certo no primeiro filme.
O elenco de peso era um dos pontos mais altos e responsáveis por convencer o público a assistir ao filme, então nada melhor que adicionar nomes do momento para integrar a continuação. A melhor nova contratação é a de Awkwafina, que dá vida à Ming, um novo avatar do jogo e consegue extrair risadas até dos mais sérios.
Por outro lado, não há tanto brilho no núcleo de jovens que dão vida aos personagens selecionáveis, sendo que Alex Wolff, Morgan Turner, Ser’Darius Blain e Madison Iseman continuam sem ter tanto tempo de tela e essa decisão não parece ser gratuita. Ainda que nenhum comprometa, até pela simplicidade de tudo que se apresenta, aguardamos mesmo o momento que eles voltarão ao jogo. Exatamente o oposto das cenas divididas por Glover e DeVito.

As sequências de ação dentro do videogame são maiores e ocupam mais tempo do que a aventura anterior, dando um ar verdadeiro de “game de aventura” a trama. O ponto negativo é o CGI usado nas criaturas, que ainda é bem artificial.
A bem da verdade e de maneira geral, não há nada que salte aos olhos em Jumanji: Próxima Fase se comparado ao anterior. É uma obra que tem cara de sequência e termina chamando outra, ainda que jamais dependa do “capítulo” precedente ou deixe algum gancho para ser resolvido no futuro.

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