Começando no exato momento onde a segunda temporada de The Mandalorian termina, os diretores Robert Rodriguez, Jon Favreau e Dave Filoni nos levam para uma aventura pelas terras de Tatooine com Boba Fett (Temuera Morrison) e Fennec Shand (Ming-Na Wen) tentando conquistar todo o terreno, antes liderado por Jabba, das mãos do Sindicato dos Pecks.
Com os primeiros episódios dedicados à como Boba Fett conseguiu sobreviver à queda no poço de Sarlacc em O Retorno de Jedi, a direção entrega três calorosas e gratas aparições no sexto episódio da série: Luke Skywalker (Mark Hamill), Grogu, o Baby Yoda, e Ahsoka Tano (Rosario Dawson). Os três já haviam aparecido em The Mandalorian e aqui, a equipe de roteiristas conecta tudo e dá uma segurança aos fãs de que, sim, "nós sabemos aonde estamos e para onde vamos".
Mesmo que em alguns momentos a série deixa a desejar, como por exemplo, nos conflitos entre povos e nas coreografias de luta (que são um dos pontos altos de Star Wars), a trama nos prendem em frente à TV. A coordenação de dublês é muito bem executada e a direção de fotografia entrega um mundo imersivo em Tatooine que não vimos antes. Os efeitos especiais são bem empregados aqui, sem exageros e na medida certa que a trama pede.
Mas, sendo bem irônico com vocês, os dois episódios onde o personagem título é irrelevante são os melhores da temporada, e justamente nestes dois episódios, uma certa figura que os fãs amam, está de volta: o mandaloriano (Pedro Pascal)! Os dois episódios que se dedicam à história de Din Djarin, o mandaloriano, são empolgantes e entregam um dos melhores trabalhos de direção da temporada, cujo trabalho fica por responsabilidade da atriz Bryce Dallas Howard, sim, a Claire Dearing de Jurassic World.
Se os fãs tinham a preocupação de saber para onde a franquia seguiria após o nono filme, A Ascensão Skywalker, Jon Favreau e Dave Filoni provaram que Star Wars vai muito, mas muito além da linhagem dos Skywalker. A galáxia que The Mandalorian e O Livro de Boba Fett estão explorando, traz um ar de novidade à franquia ao mesmo tempo que nos deixa cientes de que tudo se passa no mesmo universo que conhecemos, e por incrível que pareça, este pode ser o problema da série. Talvez, a franquia devesse abraçar mais a sua personalidade e autenticidade, do que ficar na zona de conforto para tentar agradar o público que já conhece. Será que a preocupação dos fãs continua?
nota do crítico:
7.0
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