
Após seis adiamentos e quase um cancelamento, Morbius finalmente estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 31 de março. Mas, será que depois de tanta expectativa e espera, o filme do vampiro de Jared Leto convenceu e foi bom?
A trama segue Michael Morbius (Jared Leto), um dos mais brilhantes cientistas dos Estados Unidos, famoso por ter criado uma versão artificial de sangue responsável por salvar milhões de vidas. A ironia é que ele sofre de uma doença sanguínea desde criança, que lhe força a fazer três transfusões diárias, sem falta, além de manter todo seu corpo em estado debilitado. Assim, ele dedica sua vida em busca de uma cura, com o apoio de seu amigo Milo (Matt Smith). O cientista tem sucesso ao cruzar o DNA humano com o de morcegos-vampiros, mas a sede por sangue humano começa.
Morbius é literalmente igual ao primeiro Venom, de 2018, com a mesma pegada de começo de franquia clichê que a crítica vai odiar, mas que os fãs vão apoiar. Até mesmo, tem a mesma progressão do protagonista ser infectado por algo grotesco, que lhe dá vontades anormais, o forçando a aprender a domesticar sua própria voracidade.
A barra de qualidade do Aranhaverso da Sony já não era muito alta. Os dois filmes do Venom são terríveis, mas que fizeram um certo sucesso pelo carisma do personagem e pelo tom mais desbocado - quase igual do Deadpool, da Fox. Porém, a trama é mais coerente do que a de Venom, não apostando tanto em piadas e tendo um tom mais sério, algo que é positivo. Num primeiro momento temos um cientista imprudente, que de repente começa a se questionar sobre o que fez. Seguido por Milo que começa como mero financiador do projeto e que de repente, se torna um entendido da ciência e vira um super vilão. Salvo pela personagem Martine Bancroft (Adria Arjona), que fica próxima de Leto carregando o tom do filme, o resto do elenco não se segura tão bem assim. Pelas declarações recentes de Smith, é visível perceber que Milo está completamente perdido no enredo do filme.
O principal ponto é que o longa não se sabe o que quer ser. No começo, a ideia é ser um drama sobre o médico genial que vira um vampiro e agora tem que lidar com a sede de sangue. Mas dura só meia hora, que é o período que o filme tenta ser um terror, abusando dos corredores escuros para criar uma tensão que nunca se concretiza. No final, ele tenta ser um filme de herói básico e até que acaba convencendo, se não fossem as confusas cenas pós-créditos.
As transformações, tanto de Morbius quanto de Milo, funcionam bem quando vistas de longe, mas ao ficarem em close vemos algumas imperfeições do CGI que não vão atrapalhar a experiência, mas a qualidade diminui. A Sony já sabia que Morbius era vazio e tinha pouco a oferecer que apostou em uma estratégia um tanto quanto baixa na divulgação do filme, colocando cenas nos trailers que não estão no corte final apenas para atrair a atenção do público. Então, não há NENHUMA menção ao Universo Cinematográfico da Marvel, mas tem algumas para Venom.
É difícil prever se Morbius será um smash hit mundial ou um fracasso total nas bilheterias, mas é certo que ele faz parte de um universo em plena expansão e a Sony garante isso! Caso volte a dar às caras nas telonas, o Vampiro de Jared Leto merece muito mais do que foi esse filme, até por que, carisma ele tem!
NOTA: ★★☆☆☆
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